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segunda-feira, 31 de maio de 2010

OURO PRETO



Localização
Localização de Ouro Preto
20° 23' 08" S 43° 30' 29" O20° 23' 08" S 43° 30' 29" O
Unidade federativa Minas Gerais
Mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte IBGE/2008 [1]
Microrregião Ouro Preto IBGE/2008 [1]
Região metropolitana
Municípios limítrofes Belo Vale, Moeda, Itabirito, Santa Bárbara, Mariana, Piranga, Ouro Branco, Congonhas

96 km




Município de Ouro Preto
A Praça Tiradentes, em Ouro Preto


O ouro mineiro começou a chegar a Portugal ainda no final do século XVII. Em 1697 o embaixador francês Rouillé menciona chegada de ouro "peruano", cita 115,2 kg. Godinho, sem citar a fonte, menciona para 1699 725 quilos e em 1701 a chegada de 1.785 quilos.

A origem de Vila Rica está no arraial do Padre Faria, fundado pelo bandeirante Antônio Dias de Oliveira, pelo padre João de Faria Fialho e pelo coronel Tomás Lopes de Camargo e um irmão deste, por volta de 1698.

A vila foi fundada em 1711 pela junção desses vários arraiais, tornando-se sede de concelho, com a designação de Vila Rica. Em 1720 foi escolhida para capital da nova capitania de Minas Gerais. Em 1823, após a Independência do Brasil, Vila Rica recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por D. Pedro I do Brasil, tornando-se oficialmente capital da então província das Minas Gerais e passando a ser designada como Imperial Cidade de Ouro Preto. Em 1839 foi criada a Escola de Farmácia e em 1876 a Escola de Minas. Foi a capital da província e mais tarde do estado até 1897.

Possui uma área de 1.245,114 km².

A cidade inspirou a criação de várias outras cidades, se não com o mesmo nome como Ouro Preto no Maranhão, no Mato Grosso, no Rio Grande do Norte e Ouro Preto do Oeste em Rondônia, os bairros Ouro Preto em Belo Horizonte/MG, em Maceió/AL, Olinda/PE e outras em locais de menor expressão, curiosamente, foi criado no Estado de Indiana, nos Estados Unidos, uma cidade que surgiu após o fundador ler uma reportagem que falava justamente sobre a cidade de Ouro Preto, criando lá a City of Brazil, no ano de 1844.


[editar] Período colonial

[editar] Origem

Enquanto as descobertas de ouro nos córregos continuavam no sertão, elevando nomes como o de Antônio Dias de Oliveira, Bartolomeu Bueno de Siqueira, Carlos Pedroso da Silveira e entre outros, apareciam bandeiras e gente vinda já da Bahia e Pernambuco, «acendendo ambições de além-mar, seguindo na trilha das outras e outras porém com rumo certo, procurando ora o rio das Velhas (cuja tradição ficou entre os Paulistas, que haviam acompanhado a bandeira de Fernão Dias Pais e de D. Rodrigo de Castelo-Branco), ora o Tripuí, onde já se havia encontrado o afamado Ouro Preto, balizado pelo cabeço enevoado do pico do Itacolomi, que começavam a avistar logo transposto o Itatiaia. Orientados pelos picos que eriçam as serras de Ouro Branco, Itatiaia, Ouro Preto, Itacolomi, Cachoeira, os habitantes seguiam juntos ou separados, Casa Branca , Ribeirão do Carmo, etc.

Diz Antonil que da mina da serra do Itatiaia, a saber do ouro branco, que assim chamavam ao ouro ainda não bem formado, distante do ribeiro do Ouro Preto oito dias de caminho moderado até o jantar, não faziam caso os Pauistas caso por terem as outras de ouro formado e muito melhor rendimento».

Segundo José Rebelo Perdigão, secretário do Governador Artur de Sá e Menezes, em 1695 e 1696 teria sido descoberto nesta montanha um ribeiro aurifero ao qual se deu mais tarde o nome de Gualacho do Sul, mas que os Paulistas desta bandeira de Miguel Garcia se recusaram a dividir a jazida com seu companheiros de Taubaté os quais, se tendo então separado, tomaram marcha para o interior e descobriram o ribeiro de Ouro Preto. «Dos córregos e morros de Ouro Preto, ainda hoje chamados o Passadez, Bom Sucesso, Ouro Fino, Ouro Bueno, foram descobridores Antônio Dias, de Taubaté, o Padre João de Faria Fialho, Tomás Lopes de Camargo, primo do descobridor do Itaverava Bartolomeu Bueno de Siqueira. As terras ali eram de «tal modo requestadas que por acudir muita gente, só pode tocar três braças em quadra a cada minerador», segundo o historiador Varnhagen. Nomes como Brumado, Sumidouro, rio Pardo, Guarapiranga, rio das Mortes, Aiuruoca apareceram na geografia mineira, trazidos por Camargos e Pires, Pedrosos, Alvarengas, Godois, Cabrais, Cardosos, Lemes, Pais, Guerras, Toledos, Furtados, como no canto VI de «Vila Rica», o poema.

[editar] A atividade mineradora

Ruas de hoje em Ouro Preto, foto por Silvio Tanaka.

«A Coroa concedia aos responsáveis de descobertas uma mina de 80 varas sobre 40 e mais uma data de 60 x 30 sobre a mesma beta, ambas à escolha, entremeando entre uma e outra 120 varas para serem ocupadas por duas datas menores. O cálculo atual é igual a (80x40= 3.200 varas quadradas ou seja 3.872m2); ,60x30 = 1.800 braças quadradas ou seja 2.178m2 atuais.

Em águas correntes e nas quebradas dos montes, o quinhão do descobridor era de 60 varas de comprido por 12 de largo, metidas no meio da corrente ou da quebrada, sendo o de cada um dos aventureiros 1/3 menor; se o rio era grande, tocavam ao descobridor 80 varas e aos mais 60. Nas minas menores, em outeiros, campos ou às bordas de rios, era de 30 varas quadradas a data do descobridor e de 20 as outras; se a area não chegasse para todos os pretendentes, o Provedor devia dividir as datas proporcionalmente».

Não era distribuição fácil nem equitativa, pois às vezes eram explorados aluviões riquíssimos ao longo de um curso d'água estreito, e assim a riqueza mineral não era bem distribuída. Pelo Direito da época, o senhor do solo e do subsolo era o rei, mas não podia trabalhar a terra e a dava em quinhões a particulares para explorar mediante parte nos resultados, o que constituía a pensão enfitêutica devida ao senhorio. A porção era de 20% = o célebre quinto do ouro cuja história é a própria história de Minas, segundo seu historiador Diogo de Vasconcelos. Para a arrecadação, em cada distrito havia um Guarda-mor com escrivão, tesoureiro e oficiais. «Consideravam-se novas só as lavras distantes meia légua de alguma lavra já conhecida, de modo que os ambiciosos afastavam-se delas para se enquadrarem nas regalias, multiplicando-se os manifestos e seus exploradores, sem garantia de vida ou propriedade, tendo que se entrincheirar no próprio local de trabalho, levantando abrigos ou aproveitando as bocas das minas, concorrendo para a disseminação d povoados». Vieram artífices de profissões diversas, no arraial de Ouro Preto e no arraial de Antônio Dias, no Caquende, Bom Sucesso, Passa-Dez, na Serra e Taquaral, construindo capelas, casas de morada e fabricando ferramentas.Em toda parte foi revirada e pesquisada a areia dos ribeiros e a terra das montanhas, levantando-se barracas perto de terrenos auríferos, arraiais de paulistas começando a povoar o interior da terra que hoje é Minas Gerais. Organizaram-se depois os povoados em torno de capelas provisórias, até a «grande fome».


Ouro Preto em 1870.

[editar] Turismo

Panorâmica de Ouro Preto.

Apesar de ter a a maior parte do intenso fluxo turístico focado na arquitetura e importância histórica, o município possui um rico e variado ecossistema em seu entorno, com cachoeiras, trilhas seculares e uma enorme área de mata nativa, que teve a felicidade de ser protegida com a criação de Parques Estaduais. O mais recente destes situa-se próximo ao distrito de São Bartolomeu (Ouro Preto)|São Bartolomeu.

Ouro Preto também se destaca pela atividade cultural. Todos os anos, sedia o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana - Fórum das Artes

[editar] Museus

Além de ser um "museu a céu aberto" [5], a cidade tem instituições que guardam acervos variados como Museu das Reduções, Museu do Chá, Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas, Museu da Inconfidência, Museu Casa dos Contos, Ludo Museu, Museu do Oratório, Museu Casa Guignard, Museu de Pharmacia, Museu de Arte Sacra do Pilar, Museu Aberto Cidade Viva e Museu Aleijadinho [6] [7].

[editar] Geografia

Altitude média: 1.116m. O ponto mais alto é o Pico do Itacolomi, com 1.722m

Rios: nascentes do Rio das Velhas, Piracicaba, Gualaxo do Norte, Gualaxo do Sul, Mainart e Ribeirão Funil.

[editar] Clima

Clima: Tropical de altitude Úmido, característico das regiões montanhosas com chuvas durante os meses de dezembro a março, geadas raras em junho e julho.

Temperatura:

  • Média anual: 17,4°C
  • Média Máxima: 22,6°C
  • Média Mínima: 13,1°C
  • Mínima 6°C (julho)
  • Máxima 28°C (janeiro)
  • Em junho e julho pode chegar a 2 graus Celsius.

[editar] Vegetação

Ouro Preto abriga campos rupestres, florestas de candeias e possui grandes áreas remanescentes da Mata Atlântica.

[editar] Relevo

O relevo varia muito: de Amarantina(700m) aos mais de 1700 m do Pico do Itacolomi. O relevo acidentado não favorece as atividades agropastoris. Caracterizam-se as indústrias extrativas de minério e pedras.

[editar] Topografia do Terreno

  • Plano: 11%
  • Ondulado: 15%
  • Montanhoso: 74%

[editar] Bairros

A Casa dos Contos

A Prefeitura Ouro Preto nunca delimitou oficialmente os bairros da cidade, reconhecendo como subdivisões oficiais apenas os 13 distritos. Entretanto, só no distrito sede, existem locais que por questões culturais são chamados de bairros [8] cujos nomes populares se seguem: Alto da Cruz, Água Limpa, Antonio Dias, Barra, Bauxita, Centro, Cabeças, Jardim Alvorada, Lajes, Morro Santana, Morro São Sebastião, Morro do Cruzeiro, Morro da Queimada, Nossa Senhora de Lourdes, Padre Faria, Piedade, Pilar, Rosário, São Cristóvão, Saramenha, Taquaral, Vila Aparecida, Vila dos Engenheiros, Vila São José[9], entre alguns outros existentes.

[editar] Templos

Uma das características mais marcantes de Ouro Preto são suas igrejas construídas durante o período colonial brasileiro. As igrejas que mais se destacam são:

Outras igrejas:

[editar] Universidade

Escola de Minas - Centro, UFOP.
  • Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP): A universidade foi instituída como Fundação de Direito Público em 21 de agosto de 1969, incorporando duas instituições de ensino superior centenárias: a Escola de Farmácia (fundada em 1839) e a Escola de Minas (fundada em 1876). Conciliando tradição e modernidade, a Universidade Federal de Ouro Preto expandiu-se com a criação de unidades acadêmicas e com a implantação de cursos. A UFOP oferece 28 cursos de graduação, contando com 22 departamentos e 7 unidades acadêmicas, entre as quais o Centro de Educação Aberta e a Distância, que atualmente ministra o curso de Licenciatura em Educação Básica – Anos Iniciais e o curso de Especialização – Formação de Orientadores Acadêmicos para EAD, atuando em 13 pólos, em convênios com prefeituras municipais. Atualmente, a instituição é referência no país nas áreas de engenharia e farmácia.

[editar] Repúblicas estudantis

Os Estudantes da UFOP procedem principalmente do interior dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Goiás. Com isso, morar em repúblicas é praticamente uma marca dos estudantes de Ouro Preto. E, muitas vezes, uma necessidade. As repúblicas fazem parte da tradição da cidade. Muitas delas instaladas em prédios pertecentes à UFOP, absorvem parcela significativa dos estudantes, em Ouro Preto e Mariana. São administradas pelos próprios estudantes, que definem as regras de admissão nelas. Ao longo de mais de um século, as repúblicas desenvolveram uma cultura própria, e mantêm laços estreitos com ex-alunos e ex-residentes.Os interessados poderão também acessar algumas home pages das próprias repúblicas, para saber um pouco mais sobre elas, sentindo seu espírito, conhecendo seus moradores e suas programações[10].